quarta-feira, 7 de maio de 2008

Tempos mordenos,

by Luiz Fernando Veríssimo !
Juro, hoje vi este texto e não tinha como eu não postar.. rs.. vale a pena ler até ao fim. Hilário! "Mãe, vou casar! Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ? Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Murilo. Você falou Murilo… Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico? Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa? Nada, não… Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo. Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo… Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora… Ou isso. Você vai ter uma nora. Só que uma nora… Meio macho. Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea… E quando eu vou conhecer o meu. A minha… O Murilo ? Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido. Tá ! Biscoito… Já gostei dele.. Alguém com esse apelido só pode ser uma essoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ? Por quê? Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência. Você acha que o Papai não vai aceitar? Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver… Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metade com bigode. Mãe, que besteira . Hoje em dia . Praticamente todos os meus amigos são gays. Só espero que tenha sobrado algum que não seja… Pra poder apresentar pra tua irmã. A Bel já tá namorando. A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada… Quem é? Uma tal de Veruska. Como? Veruska… Tá.., tá…, tudo bem… Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto… Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos. Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada? Quando ele era hétero… A Veruska. Que Veruska ? Namorada da Bel… “Peraí”. A ex-namorada do teu atual namorado… E a atual namorada da tua irmã . Que é minha filha também… Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco… É isso. Pois é… A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero. De quem? Da Bel. Mas. Logo da Bel ?! Quer dizer então… Que a Bel vai gerar um filho teu e o Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é Veruska. Isso. Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel. Em termos… A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel. Por aí… Por outro lado, a Bel…,além de mãe, é tia… Ou tio… Porque é tua irmã. Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska… Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar. Só trocar, né? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska. Exato! Agora eu entendi ! Agora eu realmente entendi… Entendeu o quê? Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos! Que swing, mãe ?!!…. É swing, sim ! Uma troca de casais… Com os óvulos e os espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra… Mas… Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior… Com incesto no meio.. A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso… Sei !!! … E quando elas quiserem ter filhos… Nós ajudamos. Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide… A única coisa que eu entendi é que… Que…? Fazer árvore genealógica daqui pra frente… vai ser foda." [Luiz Fernando Veríssimo]

domingo, 4 de maio de 2008

Um pouquinho de Maria Rita

"A luz apaga porque já raiou o dia,E a fantasia vai voltar pro barracão.Outra ilusão desaparece quarta-feira;Queira ou não queira, terminou o carnaval..."

quarta-feira, 30 de abril de 2008

~ Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei como palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que Sorria ~ O mestre Charlies Chaplin.


quem sou eu!!!

Estou livre e agora prometo ir ainda mais longe. Descobri que tenho asas, e elas são enormes. Tão grandes que me fazem dar a volta por cima e voar cada vez mais alto. E não vou parar de subir, vou até o limite de mim mesmo e quando lá chegar vou parar e ver o que ficou embaixo. E não pretendo descer tão cedo, pelo menos enquanto acreditar em tudo que pedi para as estrelas naquela noite que até ontem parecia ter sido há tanto tempo. Sinto saudades, mas vou guardar-me. Gosto de boas lembranças, as agarro nos momentos difíceis e elas sempre voltam em boa hora e com mais cores: os coqueiros mais verdes, o mar mais azul. E a liberdade muito mais próxima. Tão perto que entrou em mim, mas o que fazer com ela? Não a tenho como um dom, mas como um ato de heroísmo. A liberdade, para mim, é um ato heróico. Lutei por isso e vou defender até que minhas asas caduquem. Aí sim, é hora de descer. Mas aqui em cima tá tão bom.

domingo, 27 de abril de 2008

pensei que amar é fácil

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."Clarice Lispector

sábado, 26 de abril de 2008

Na busca de um constante devir

O ser é devir porque sempre está se fazendo, sempre está por fazer. Este sentido do ser como devir tem a ver com a idéia de ser como “processo”; mas infinito, eterno, sem possibilidade de fim. Desse modo, a ontologia nietzschiana combate a ontologia “estática”. Os argumentos de Nietzsche são contrários aos da razão do platonismo. Contra o uno opõe Nietzsche o múltiplo, isto é, a pluralidade do ser em suas manifestações, que são as perspectivas (múltiplas) mediante as quais o homem aborda o mundo, assim, o homem é uma pluralidade de vontade de potência, cada uma com uma multiplicidade de configurações e meios de aparecimento.É nessa visão que ele introduz a noção da vontade de potência como um princípio metodológico da tarefa de reavaliação dos valores, isto é, a transvalorização dos valores e finalmente a multiplicidade dos mesmos. Dessa maneira, devemos reconhecer que a história de uma coisa pode ser uma sucessiva cadeia de sinais de contínuas novas interpretações e adaptações. Descobrindo uma vontade de potência por trás da noção dos valores morais, e delineando a procedência e descendência dos valores, a finalidade de uma genealogia da moral é refutar as pretensões universais dos valores morais.[2] A genealogia é um significativo exercício de crítica, por ser capaz de expor que todos os valores e ideais são frutos da alteração e desenvolvimento históricos, desse modo, nada é fixo e imutável: tudo o que existe, inclusive as instituições legais, os costumes sociais e as normas morais, evolui e são produtos da vontade de potência. Nesse sentido, os valores para Nietzsche devem ser avaliados a partir de sua força de vida. Todos os valores são, portanto, sintomas que devem ser interpretados a partir da pluralidade de forças, pois a combinação de forças traz diferentes perspectivas aos acontecimentos, não havendo, assim, valores universais.Nietzsche